quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Amor,estranho amor...


"E daí se eu estivesse morta?"
Ele me encarou duvidosamente por um longo momento depois de
responder. "Você não se lembra de nada do que eu te disse antes?"
"Eu me lembro de tudo que você me disse" Incluindo as palavras que
anularam todo o resto.
Ele passou os pontas dos dedos gelados no meu lábio inferior. "Bela,
você parece ter compreendido mal". Ele fechou os olhos, balançando
a cabeça pra frente e pra trás com um meio sorriso no seu lindo
rosto. Não era um sorriso feliz. "Eu pensei que já havia explicado isso
claramente antes. Bella, eu não posso existir num mundo onde você
não exista".

"Eu estou..." minha cabeça nadou enquanto eu procurava pela
palavra apropriada.
"Confusa". Essa funcionava. Eu não conseguia entender o sentido do
que ele estava falando.
Ele me olhou dentro dos olhos com um olhar sincero, intenso. "Eu sou
um bom mentiroso, Bella, eu tenho que ser".

[...]Mas como é que você pôde acreditar em mim? Depois dos milhares
de vezes que eu disse que te amava, como é que você pôde deixar
uma palavra acabar com a sua fé em mim?

Eu não respondí. Eu estava chocada demais pra formular uma
resposta racional.

[...]"Você não acredita em mim, acredita?", ele sussurrou, o seu rosto
mais pálido que o pálido normal - eu podia ver isso mesmo na luz
fraca. "Porque você consegue acreditar numa mentira, mas não na
verdade?"

"Nunca fez sentido você me amar", eu expliquei, minha voz
escapando duas vezes.
"Eu sempre soube isso".
Os olhos dele se estreitaram, a mandíbula se apertou.
"Eu vou provar que você está acordada", ele prometeu.
Ele pegou o meu rosto seguramente entre suas mãos de ferro,
ignorando minha luta quando eu tentei desviar o meu rosto.

"Por favor não", eu sussurrei.
Ele parou, seus lábios estavam a meio centímetro dos meus.
"Porque não?", ele quis saber. O hálito dele bateu no meu rosto,fazendo minha cabeça girar.

A boca dele já estava na minha, e eu não consegui lutar com ele. Não
porque ele era milhares de vezes mais forte que eu, mas porque a
minha coragem se fez em poeira quando os nossos lábios se
encontraram. Esse beijo não era tão cuidadoso quanto eu me
lembrava, isso pra mim estava ótimo. Eu ia me acabar depois, mas
também eu ia pegar em troca tudo o que eu pudesse.
Então eu o beijei de volta, meu coração batendo feito um louco, num
ritmo desconjuntado enquanto a minha respiração ficava
descontrolada
e eu movia os meus dedos cuidadosamente pelo rosto
dele.


New Moon.
Capitulo 23-A verdade
Pág 362/364

 
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